quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Reticências

Eu sinceramente não sei o que pensar. Foi muito rápido para eu me envolver e mesmo assim fico lembrando da cor dos seus olhos e das suas mãos percorrendo meus cabelos. 

Você me chamando de Dora Aventureira por conta da minha mochilinha caramelo, rindo das minhas histórias bizarras. Não acreditando que eu estava sendo sincera (mas era tudo verdade). O primeiro beijo rápido e natural, como se fosse sempre assim. Os beijos quentes no meu pescoço e nuca.  

Meu papo nada a ver, meio nervoso, de quem não sabe porque está verborragica e mesmo assim se convence de que esse é o normal possível. Encontros despretensiosos.

Seu sorriso enorme. O tempo voando. As ligações inesperadas. Será que me apaixonei mesmo? É possível sentir algo por alguém em tão pouco tempo? Ou será que foi carência? 

E o que te fez se afastar de mim tão rápido? Foi minha intensidade ou sua covardia? Por que isso me incomoda? Eu consigo sentir seu cheiro ainda quando fecho os olhos, mas vai passar. 

domingo, 14 de novembro de 2021

(Re)Encontro

Algo meteórico, belo, caótico. 

Seu olhar penetrante me fazendo encontrar a paz e uma tranquilidade que eu ansiava muito há tempos.

As mãos, o toque doce, o beijo na testa.

O cafuné até dormir.

Algo que encaixa e diverte.


Alguém que eu realmente queria conhecer.

Espero que dentre todas as mudanças que têm ocorrido, eu tenha te tocado também.

E que seja um até logo, até breve, não adeus. 

terça-feira, 9 de novembro de 2021

Alteridade e limiaridade

 Extraído do meu caderno: sábado, 29 de outubro de 2011.


Ver o diferente e torná-lo familiar, tornar-se diferente para se analisar

Tão difícil, tantas vezes tão subjetivo

E como fazer se o outro for mais interessante que você?

Se o outro te encantar, abduzir?

Atraída de mil maneiras, como seria, então, voltar?

Sentir-se no meio, no limiar.


Não, ninguém irá entender teu saudosismo, ou tua ansiedade por regressar,

pois lá é lá, não é aqui, não é teu lar.

E para, e pensa, e cita: " O lar está onde o coração está".


Ah! Suspiro aliviada!

Agora sim posso entender meu coração despedaçado!

Que mesmo num triste compasso, esbanja felicidade, e sem rima nem jeito, suspira, saudade!