domingo, 30 de junho de 2024

 Às vezes eu tô aqui de boa e percebo o quanto as pessoas que eu amo não têm empatia por mim. O quanto eu preciso esconder pra não ser mais massacrada. Mas cansa pra cacete fingir que eu tô bem e eu só queria ficar longe de todos.

Não quero ouvir nada ruim sobre o João. Eu tô aqui, tentando me curar, tentando ficar bem, e aí ficam metendo o dedo na ferida fingindo que é pro meu bem. Não é não. Tá me machucando mais. E sabe o que é mais foda? É que nessas horas eu lembro o tanto de vezes que eu chorei nos braços dele. O quanto ele me acolheu sem me julgar. E que por mais que eu estivesse já me sentindo solitária, eu tinha pra onde correr. Eu não tenho mais. Tá pior. 

Tô sangrando e preciso colocar um sorriso no rosto. Preciso? Preciso pra quê? Pra quem? Ninguém se preocupa em me perguntar se eu estou bem...

quarta-feira, 19 de junho de 2024

 O luto é imprevisível e vem em ondas.

Aparece quando você menos espera.

Seja porque viu algo ambíguo num storie e já deduziu diversas coisas, seja porque no caminho da sua casa tem o caminho da casa do outro...

É assim mesmo. Vem, dói, incomoda. Ai a dor não sabe para onde ir e escorre pelos olhos.

Dias de um futuro que não existirá mais.

Lembranças dolorosas.

Aquilo que é invisível, mas encontra seu espaço no peito...

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O duro é pensar que preciso de colo nesse momento e lembrar das inúmeras vezes que chorei no seu abraço. Das vezes que voltei chorando do trabalho, que comecei a chorar por conta do mestrado ou por desespero das dívidas e da vida adulta como um todo. Nossa, que aperto que dá pensar que você conseguiu me amar num momento em que por vezes não consegui cuidar de mim. Espero que a vida acalme, espero que meu coração fique mais leve... Porque agora só consigo sentir as lembranças penetrando como espinhos em todo o meu corpo. Me pego tendo que relembrar como respira.

quinta-feira, 13 de junho de 2024

Reflexões

 Fiquei pensativa ontem por conta do dia dos namorados. Me questionando o que procuro de verdade em um companheiro.

E aí me toquei que minha companhia eterna sou eu mesma. É clichê, eu sei, mas nem por isso é menos verdade: a única pessoa que nunca vai te abandonar é você mesma.

Dado isso, pensei em como eu estava me tornando uma pessoa melhor pra mim mesma. O que eu faço que eu não gostaria de ter de conviver?

Quais são meus planos de verdade e o que fazer para torná-los reais? 

O que em mim me faz uma companhia perfeita para mim mesma e o que me atrapalha?

É isso. As vezes queremos e exigimos tanto do outro e esquecemos de olhar pra dentro de nós...