domingo, 15 de dezembro de 2024

L'amitiè

Quando eu era mais nova, achava super cafona e nerdice os meus colegas que jogavam jogos de tabuleiro, videogames, etc com os amigos ao invés de sair. Eu só não percebia o quanto que eles estavam criando uma rotina sustentável para manter a frequência desses encontros e o quanto isso fortalecia o laços deles.

Hoje eu penso o que fazer para conseguir estabelecer rotinas com meus amigos e amigas de forma a termos encontros mais regulares. É impressionante como uma parte que me nutre tanto pode ser tão negligenciada às vezes. Mas bora. Vamos um passo por vez, tentando modificar as dinâmicas para desenvolver laços mais fortes e saudáveis.

terça-feira, 10 de dezembro de 2024

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Famiglia

 Outro dia estava conversando e falei que a morte, da qual pensamos tanto tantas vezes, ocorre só uma vez. A vida, não. A vida é o que acontece todos os dias e instantes até lá.

E por que não pensar mais na vida? No que nos faz sentir vivos? No que nos nutre?

Eu tenho sorte de ter uma família que me ama verdadeiramente e a quem amo imensamente. Pessoas pelas quais eu viveria e vivo todos os dias. Unidos pelos laços de sangue, mas, principalmente, pelos de amor.

Não é sempre fácil amar a todos, assim como sei que não é sempre fácil me amar. Mas mesmo assim eu sei que eles estarão sempre lá, torcendo por mim, e eu por eles. Por cada um. 

Porque apesar de sermos da mesma família de sangue não ter sido uma escolha, mantê-los na minha vida e amá-los é. E essa escolha eu reforço todos os dias, seja nas minhas preces, nas minhas ligações, mensagens ou abraços. Estamos aqui, juntos, e tudo inevitavelmente dará certo. Só existe essa possibilidade.

sábado, 26 de outubro de 2024

Repensando os próprios valores

Essa semana foi dura. Jovens próximos a pessoas muito queridas faleceram. Praticamente uma equipe inteira de remo de Pelotas foi dizimada em um acidente terrível entre e van que estavam e um caminhão. E uma guia, que estava afastada por estar fazendo faculdade no interior, faleceu de doença. 

Jovens, com menos de 23 anos, uma vida tão breve e ceifada. 

E nessa hora tão triste, só pude pensar nos marcos todos que nenhum deles passou (e que talvez nem passariam). É doido imaginar que a vida tem um roteiro pré definido com o que esperamos e, principalmente, o que esperam que a gente faça. Desde se formar no ensino médio e entrar numa faculdade a casar, ter filhos, trabalhar até a morte. 

Nesse momento tão sem noção eu só penso o que gostaria de ter vivido se já soubesse que a minha vida fosse ser tão breve. E me peguei pensando que o processo de envelhecer faz com que eu nunca mais serei tão jovem como hoje. Quer um tempo melhor para começar a repensar os valores e desejos?

De verdade, o que você quer? Se não tivesse nenhuma vozinha te julgando, o que você queria estar fazendo nesse exato momento? Quem te priva de experimentar a liberdade e alçar seu potencial?

domingo, 13 de outubro de 2024

Das mil e uma formas de dizer "eu te amo"

 I. Ouvir sua playlist predileta sem pedir para pular nenhuma música 

II. Me ouvir repetir as mesmas histórias 

III. Ter nossa própria vinheta para "problemas hipotéticos tchananam"

segunda-feira, 9 de setembro de 2024

Tudo é perene

Vivemos constantemente acreditando que tudo que tocamos está e estará para sempre ali do jeito que está. Lutamos contra as mudanças, nadamos contra a maré. Trabalhamos como se fôssemos viver pra sempre.

Mas tudo é perene.

Tudo vai acabar.

O tempo transforma, destrói, muda tudo de lugar. E é pra ser assim.

Colocar as coisas em perspectiva.

Viver o hoje mais presente.

domingo, 25 de agosto de 2024

Um brinde às segundas chances!

Que a vida dá voltas não tenho dúvidas. Mas dessa vez foi mais rápido e melhor do que o esperado. O meu amor leve voltou mais forte.

A distância nos obrigou a repensar tudo. Voltar a nos relacionar desbloqueou diversas partes da comunicação, que já era boa antes. 

No final estava tudo opaco, a alegria perdida em meio a neblina da rotina e da falta de sentido. Agora parece que o céu está limpo. Choveu. E pro menino da chuva tudo fica melhor depois. 

Reencontrei meu amor no meu melhor amigo.

Me pego aqui suspirando e sorrindo feito besta pensando em você. Pensando em nós. 

Diante de tantas adversidades, você é meu oásis, meu refúgio. Te amo, João.

segunda-feira, 19 de agosto de 2024

O amanhã

A felicidade parece sempre residir no depois.

Depois que eu tiver tal emprego.

Depois que eu me formar.

Depois que eu terminar o mestrado.

Depois que eu tiver minha casa quitada.

Depois que eu tiver tal carro.

Depois que...

E o agora? Cadê a felicidade no momento? Se é a única coisa que temos.

Cadê o prazer no acordar todos os dias e notar que a vida continuou. Que há uma nova chance de tentar.

O prazer de ser ruim em coisas novas. De falar com pessoas diferentes. De abraçar quem se ama. 

O tempo passa sempre na mesma velocidade, então por que parece que não temos tempo pra nada? 

Que só sobrevivemos de salário em salário. Férias em férias. Do depois que nunca vai chegar.

quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Amizade é o amor que nunca morre

Me peguei pensando nos amores que tenho na vida e como eles me elevam. Claro, o amor da família é lindo e profundo, mas profundamente tradicional e arraigado de questões hereditárias, com (muitos) traumas compartilhados.

E os amigos? O que dizer de quem fica ao seu lado por escolha, mesmo com todos os reveses da vida? Quem te vê de verdade, enxerga seus defeitos e qualidades como ninguém e que se mantém caminhando com você?

Pessoas que não têm obrigação, apenas se conectam a você por laços de amizade, esse amor que nunca morre. E que lindo é poder ter meus amigos nessa vida. Como minha vida é mais rica e melhor por vocês e com vocês. Obrigada a cada uma e cada um por existirem e por continuarem me escolhendo. Vocês são meu porto seguro. E podem ter certeza de que sou o de vocês. 

quinta-feira, 18 de julho de 2024

 A última vez que fui remar, uma mulher olhou pra mim e disse que se eu quisesse ir pro mundial teria que "fechar a boca". E que só quem não está mais gorda do que eu é a Selena. Eu fingi que não liguei, mas me olhei no espelho agora e percebi que tô com vergonha de voltar pq tô tão ou mais gorda do que antes.

Não basta eu me sentir sozinha no mundo, ainda me sinto rejeitada. 

E sem ninguém pra me abraçar e dizer que vai ficar tudo bem.

Eu só queria sumir, desaparecer...

domingo, 30 de junho de 2024

 Às vezes eu tô aqui de boa e percebo o quanto as pessoas que eu amo não têm empatia por mim. O quanto eu preciso esconder pra não ser mais massacrada. Mas cansa pra cacete fingir que eu tô bem e eu só queria ficar longe de todos.

Não quero ouvir nada ruim sobre o João. Eu tô aqui, tentando me curar, tentando ficar bem, e aí ficam metendo o dedo na ferida fingindo que é pro meu bem. Não é não. Tá me machucando mais. E sabe o que é mais foda? É que nessas horas eu lembro o tanto de vezes que eu chorei nos braços dele. O quanto ele me acolheu sem me julgar. E que por mais que eu estivesse já me sentindo solitária, eu tinha pra onde correr. Eu não tenho mais. Tá pior. 

Tô sangrando e preciso colocar um sorriso no rosto. Preciso? Preciso pra quê? Pra quem? Ninguém se preocupa em me perguntar se eu estou bem...

quarta-feira, 19 de junho de 2024

 O luto é imprevisível e vem em ondas.

Aparece quando você menos espera.

Seja porque viu algo ambíguo num storie e já deduziu diversas coisas, seja porque no caminho da sua casa tem o caminho da casa do outro...

É assim mesmo. Vem, dói, incomoda. Ai a dor não sabe para onde ir e escorre pelos olhos.

Dias de um futuro que não existirá mais.

Lembranças dolorosas.

Aquilo que é invisível, mas encontra seu espaço no peito...

----------------------

O duro é pensar que preciso de colo nesse momento e lembrar das inúmeras vezes que chorei no seu abraço. Das vezes que voltei chorando do trabalho, que comecei a chorar por conta do mestrado ou por desespero das dívidas e da vida adulta como um todo. Nossa, que aperto que dá pensar que você conseguiu me amar num momento em que por vezes não consegui cuidar de mim. Espero que a vida acalme, espero que meu coração fique mais leve... Porque agora só consigo sentir as lembranças penetrando como espinhos em todo o meu corpo. Me pego tendo que relembrar como respira.

quinta-feira, 13 de junho de 2024

Reflexões

 Fiquei pensativa ontem por conta do dia dos namorados. Me questionando o que procuro de verdade em um companheiro.

E aí me toquei que minha companhia eterna sou eu mesma. É clichê, eu sei, mas nem por isso é menos verdade: a única pessoa que nunca vai te abandonar é você mesma.

Dado isso, pensei em como eu estava me tornando uma pessoa melhor pra mim mesma. O que eu faço que eu não gostaria de ter de conviver?

Quais são meus planos de verdade e o que fazer para torná-los reais? 

O que em mim me faz uma companhia perfeita para mim mesma e o que me atrapalha?

É isso. As vezes queremos e exigimos tanto do outro e esquecemos de olhar pra dentro de nós...

quinta-feira, 23 de maio de 2024

E mais um fim...

 E chegou ao fim meu amor doce, leve, saudável, que me fez ver luz ao final do túnel.

O que me fez sonhar de novo. Fazer planos improváveis. Sair da minha zona de conforto.

Que me respeitou em cada momento e cada escolha.

E que agora segue um caminho mais distante do meu.

Te manterei guardado no peito, João, numa caixa transparente com muitas lembranças boas dos quase dois anos que nosso relacionamento altamente improvável durou. E todos os planos de viagem, de casa, do clube de remo, de morar no Japão ou em Caxias do Sul... Esses eu guardo também, mas lá no fundo, para não doer tanto quando eu me confrontar com eles.

Você me ensinou a leveza de poder se relacionar com alguém que te enxerga e te ama como você é. Alguém te sonha junto.

Apesar de saber que era o melhor, até para a gente continuar sendo amigo e tendo respeito um pelo outro, não dá pra mentir e falar que tá tudo bem por aqui. Não tá. Mas vai ficar... 

segunda-feira, 6 de maio de 2024

 Quanto maior a angústia, maior a vontade de escrever. Deve ser por isso que tudo aqui está meio preto e branco. Enfim. Tenho me sentido nublada.

Não sei explicar bem o que é, mas não consigo me sentir cem por cento bem. É como se houvesse uma nuvem sob a minha cabeça o tempo todo.

Uma nuvem invisível para os outros, mas que para mim é uma constante lembrança de que as coisas não estão bem. Não consigo ver graça nas minhas atividades rotineiras e estou com dificuldade para fazer planos.

Tento sonhar, mas parece tudo longe e difícil demais. Me sinto constantemente encurralada e sinto vontade de fugir. 

Fugir para onde?

Fugir de quê? Se foram minhas escolhas que me trouxeram até aqui.

Socióloga que sou, sei que existe mais do que apenas minhas escolhas no meu caminho. Mesmo assim, é impossível não me responsabilizar por tudo que consegui... E por tudo que não consegui.

Me sinto uma adulta incompleta, sem família, sem perspectiva de ter um marido e filhos. Me sinto sozinha. Terrivelmente solitária num mundo moedor de sonhos.

Tem sido difícil olhar para o horizonte. Tem sido difícil olhar para mim mesma. Não me reconheço mais.

Não sei o que estou fazendo da minha vida. Não faço ideia se estou no caminho certo para ter estabilidade e tranquilidade.

Tudo que eu queria agora era um cantinho no mato para plantar minha comida, viver preocupada com as plantas, o clima e os animais. Fazer muitas coisas manuais, sair da frente da tela do notebook e, definitivamente, sair das redes sociais que tanto me oprimem e deprimem.


segunda-feira, 22 de abril de 2024

 O que é a vida senão um eterno reinventar-se?

Um olhar pra dentro e um pra fora tentando seguir seus desejos e necessidades. 

Me sinto solta, livre, e ao mesmo tempo tão sufocada por todas as obrigações que tenho e as que me imponho. Tento não deixar de pensar em mim e de olhar com carinho.

Nesse momento de angústia, me apego ao sonhar como forma de sobrevivência.

sexta-feira, 12 de abril de 2024

(Re) começo

 O que te move além da necessidade de sobrevivência?

Quando você para e sonha, o que você vê? Como você se vê?

Eu tenho me feito essas perguntas, questionando a natureza da minha realidade e quais os meus desejos.

Cada vez mais o que me atrai é o simples, é o lento, o calmo. Aquilo tudo que é feito em seu próprio tempo.

Uma vida no campo, cercada de bichos, natureza, água. O céu imenso cheio de estrelas. A vida leve e nem vivida. 

É o que quero. 

sábado, 24 de fevereiro de 2024

O fim.

 34 anos. As vezes me sinto tão jovem, as vezes sinto que vivi mil vidas diferentes.

A verdade é que os últimos 7 anos têm sido uma tortura minha comigo mesma com a insistência no mestrado, em especial os últimos 4.

Na pandemia eu perdi completamente o tesão por esse trabalho e mesmo assim me mantive nele, esperando que algo fosse mudar. Foi muito difícil desde o início, com todas as adaptações, aulas, leituras absurdas. 

Pra falar a verdade eu nunca quis fazer mestrado trabalhando. Nunca. Eu via alguns amigos fazendo e achava loucura o nível de stress que a pessoa ficava.

Mas achei que eu ia conseguir lidar, afinal eu tinha alguém ao meu lado que me ajudava. Tudo isso mudou na pandemia também. O relacionamento acabou, a ajuda também, e me vi mais sozinha do que nunca.

Minha família e amigos sempre me incentivaram e quiseram meu melhor e tentaram me ajudar de todas as formas possíveis. Até sentar do meu lado e ler um texto minha mãe leu. A Gigi leu o texto e fez observações. O João se sentava comigo para me manter focada. O Gianluca ficava no quarto só pra me fazer companhia.

Foram tantos sacrifícios, tantas festas sem poder ir, tantas visitas que devo às minhas irmãs e meus sobrinhos, tantas saídas com as amigas que não pude ir. Tantos sacrifícios. 

E o maior sacrifício foi da minha saúde mental. Da minha inabilidade de notar que adoeci profundamente nesse processo. Que não é normal sentir dor física, ataque de ansiedade, tristeza profunda ao falar sobre algo. Perdi completamente o tesão anos atrás, mas mantive-me firme no meu propósito de completar o que comecei.

Assim foram-se os anos. Pós ano novo agora passei dias acordada escrevendo tentando entregar um produto final mínimo "passavel", algo que pudesse ser entregue. E assim o fiz, depositei. Alívio. 

Tentei conversar com meu orientador e tivemos a mesma conversa de sempre, o que me fez perceber que mesmo com a cabeça em jogo ele não ia me ajudar, não ia nem ler o que produzi. Só achou pouco e é isso. 

Tirei férias, fui pro sítio ver meu pai e os primeiros dias fiquei no computador. Depois desisti e fui ficar com ele e resolver tudo que precisava resolver. Ele está morando no interior e estamos nos vendo muito pouco, não queria passar meu tempo lá presa na frente de uma tela. Mais umas férias sem descansar.

O pior é a sensação de que sempre estou devendo algo e que não posso, não devo, descansar. São 5 anos sem férias decentes, sem tempo de ócio, sem poder pensar de fato no que quero pra minha vida e carreira porque tudo ficou preso ao tempo futuro pós mestrado.

E assim foi. Ontem recebi um áudio dele e notei que ele leu por cima o que escrevi e que não acha suficiente. Então que assim seja, não tenho uma dissertação.

Decidi desistir faltando o que parece nada. O que seria um mês a mais disso depois de tanto tempo? Mas a verdade é que ontem tentando escrever eu senti uma dor no meu peito e entendi, finalmente, que cheguei ao meu limite.

Eu não tenho mais o que dar nesse mestrado. Se fosse qualquer emprego eu teria corrido. Foi assim na minha anterior, eu notei que os ataques de ansiedade eram durante o expediente, que eu precisava correr de lá antes que arrumassem algum motivo para me mandar embora. 

Não posso ficar sem trabalhar formalmente e sei que o mercado de trabalho é duro com quem sai dele. É difícil voltar. Foi difícil pra mim. 

Eu hoje estou no auge do meu cansaço, com dor, suando frio a noite por conta dos remédios pra sinusite que atacou de novo. Antibiótico, corticoide, antialérgico, antiinflamatório. Tome remédio pra curar uma sinusite crônica. 

Mas não quero voltar a me medicar pra conseguir trabalhar. Não dá. Não é justo comigo. Eu sou muito mais do que isso. 

E por mais que tenham sido muito sacrifícios e que pareça que cheguei muito longe pra desistir, eu não consigo mais prosseguir. Nem sozinha, nem com ajuda, simplesmente não consigo mais. Essa foi a jornada mais solitária da minha vida.

Aprendi muito sobre mim e sobre como sou resiliente. Mas também aprendi que eu preciso ouvir mais os sinais do meu corpo. Que não é sinal de fraqueza precisar de ajuda. Que não é sinal de fraqueza desistir formalmente de algo que há pelo menos 3 anos tem só me feito mal. E que eu fui prosseguindo falando pra mim mesma que o fim estava próximo e eu ainda não vejo um fim. Está mais claro do que nunca que não havia fim aqui, só uma placa de sem saída após uma longa estrada. Agora é prosseguir por outros caminhos, ter a liberdade de escolher o que fazer com meu tempo. 

Eu não queria desistir porque eu aprendi que não podemos desistir nunca. Eu nunca fui a pessoa que para no meio do caminho. Mas esse caminho não existe pra mim faz tanto tempo, então por que insistir? Por que continuar me machucando, continuar investindo meu tempo em algo que não vejo sentido há tanto tempo? 

Escrever isso aqui também é doloroso. Eu sinto no meu corpo o cansaço de anos e mais anos acumulados de tensão e ansiedade. Sinto a dificuldade que vai ser falar pras pessoas que o mestrado não terminou, que saio dessa mais ansiosa, depressiva, e sem título. Mas antes sair dessa viva do que continuar e me machucar ainda mais. Não quero mais tomar remédio pra conseguir escrever. Chega. Isso não é vida, não é saudável e não é o que quero pra mim. 

Esse capítulo se encerra aqui, de uma forma ou de outra. 

sábado, 6 de janeiro de 2024

Exaustão

 O meu cansaço tem cheiro de vinho barato misturado com ritalina.

Um pouco de música clássica pra balancear.


O típico aperto no peito, ansiedade.

Óleo de cannabis.

Fugir de uma escrita com outra.

Conversar.

Falar de si, falar dos outros, sentir desespero.

O desespero ser ridiculamente palpável.

Sentir os lábios formigando.

Fight or flight.

Fuga.


terça-feira, 2 de janeiro de 2024

A invenção do tempo

Que o tempo é uma convenção social está mais do que claro. Na prática a vida é vivida a cada dia até nosso último suspiro, sem pausas.

Os marcos da nossa vida são marcos diferentes do que está ao redor. Um dia inesquecível para mim pode ter sido uma terça qualquer de alguém. 

Aquilo que importa é o que é vivido, é o que conseguimos fazer com o tempo que nos é dado.

Só isso importa. 

Por isso uma resolução minha para esse ano é limitar meu tempo nas telas (fora do trabalho, claramente) e viver mais presente em cada momento. Dar mais ênfase na minha presença e companhia a cada momento. 

Pensar mais na vida, no que é, no que foi e no vir a ser sonhado, esperado, temido. Sentir paz com todos os processos. Nos momentos bons e ruins, viver, presente, estar ali.